Pandemia Latina
Essa edição especial de fim de ano do Retratos da Alma, não poderia estar mais interessante. E a temática abordada tinha mesmo que ser a pandemia do Corona Vírus, mais precisamente no nosso lado latino- americano.
Para tanto, hoje temos a participação como convidado de honra do nosso Blog, o Doutor em Ciências Sociais, Esteban De Gori. Ele que é argentino, professor na Universidade de San Martin - UNSAM, na Faculdade de Ciências Sociais - UBA e Investigador Adjunto na empresa CONICET.
Comportamento das pessoas, isolamento, reflexos da pandemia na vida social no campo e na cidade, incertezas, ordem, são alguns dos temas abordados nessa entrevista exclusiva.
Acompanhe na íntegra as respostas com a tradução feita pelo professor Mauro Schmidt, que recebe meu agradecimento pela necessária contribuição.
Retratos da alma - Como você vê a pandemia na vida social das pessoas? O que mudou no comportamento (na realidade) de cada cidadão e cidadã?
Esteban - A pandemia foi um tsunami na vida das pessoas. Acabou com o que existia. As rotinas foram para os ares. E começou um novo caminho rumo a incerteza e outro caminho que está guiado pela preocupação na saúde biológica. No corpo; isolar-se e distanciar-se dos outros foi um primeiro passo. Não só isso; foi um distanciamento, uma saída dos vínculos sociais. Este corpo agora deveria ser protegido; tapado. Não deixar que seja tocado pela saliva ou qualquer outro fluido das outras pessoa. O olhar em relação as pessoas mudou; o corpo mudou; foi preciso resguardá-lo; acomodar em outro lugar; prepará-lo esteticamente como se fosse para uma “guerra” contra o Covid.
Ir ao mercado se transformou em uma expedição; em uma aventura; o comportamento mudou totalmente; o outro se transformou em um problema; o outro como alguém incerto, infectado; o outro como uma contingência absoluta; uma saliva estranha, um fluido estranho, um sêmen difícil, o afeto mudou, ao reorientar o corpo foi necessário modificar o lugar dos sentidos, e tudo se concentrou em lugares limitados; de um dia para outro, passamos do circuito vertiginoso dos grandes centros para ficar-nos em nossas casas; sairmos de circulação; os que estavam só, acabaram ficando mais só, os que estavam acompanhados acabaram ficando hiper acompanhados por eles mesmos, o medo levou ao pensamento distante da incerteza, que se somou ao reposicionamento do corpo e seus cuidados.
Retratos da Alma - O que você quer dizer - com ninguém está a salvo dos "sheriffs sociales"? Que são parte narrativa da ordem?
Esteban - A pandemia não é só uma crise sanitária, se não uma forma de empoderamento político e social; as instituições públicas organizam o poder sobre elas mesmas; adquirem mais poder em nome de proteção aos seus cidadãos; mas também criou protocolos e normas estatais dando poder para as pessoas que se dizem trabalhar em nome destas normas; são os “sheriffs” que estimulam as pessoas para que devam cuidar-se, usar máscara, cobrir a boca; são aquelas pessoas que sem uma ordem de alguma instituição, exigem as outras pessoas o cumprimento das normas sanitárias. Existem muitas situações; por exemplo: uma vizinha me obriga a usar máscara antes de entrar no edifício onde moro, também me obriga a passar por uma nuvem de água com água sanitária.
Os “sheriffs” sociais são aquelas pessoas que não acreditam nas responsabilidades individual; que suspeitam dos indivíduos; y se sentem amparados pela situação ou pelo estado, para atuar em seu nome. Tentam manter a ordem e tentam fazer parte dela durante o período que perdurar a pandemia. O governo constrói uma nova ordem pandêmica e os “sheriffs” sociais recriam essa mesma ordem, recriam o medo, recriam a incerteza e as soluções para evitar que sejam contagiados, nem cair na desgraça, porém se forma um problema para a política e para os políticos porque em algum momento essas pessoas poderão se transformar em “sheriffs” daqueles políticos ou da própria politica que querem flexibilizar as normas. São aqueles que criticaram os prefeitos e prefeitas quando modificaram as políticas restritivas; O “sheriff” trabalha com proficiência da ordem, olha te disse, aconteceu! Um discurso erosivo para a vida social e para a classe política. Mesmo assim em países como os nossos, a classe política sabe, salvo alguns países que as políticas restritivas não podem ser mantida por meses. O liberalismo cultural e político é muito importante erosivo para medidas mais enérgicas.
Retratos da Alma - Em quem as pessoas devem se espelhar, ou seguir, para se prevenir ou não deixar propagar o Corona Vírus?
Esteban - Em todas as sociedades existem tradições de cuidados pessoais; sabedorias de como se cuidar o que fazer a respeito dos demais. Os países e os seus governos devem apelar a essas tradições e memórias de cuidados dos demais. A persistência em medidas rígidas foi contraproducente. Isto não interfere para que o governo organize a saúde pública, o transporte, a vida das instituições, mas o que mais alivia é apelar as pessoas para que realizam seu cuidado e cuidem dos demais. Digo, não apenas cuidar-se, mas fazer com que se cuide de maneira organizada e em conjunto com as demais pessoas. Não esperar que o estado seja o grande rei que da todas as garantias (seja o grande resolvedor de todos os probemas), mas dar oportunidades aos sujeitos, por que o estado está reduzido em luta, em dimensões biológicas deixando de lado o universo das subjetividades. Entre “deixar fazer o que o sujeito deseja” e um governo que controla e restringe tudo, tem seus dois lados. Alguma dose de democracia poderia ter sido somado, em alguns países, para levar em frente os cuidados.
Os homens e mulheres não vivem apenas de saúde, mas sim do que provem dos vínculos, dos gestos e das corporeidades. Se a pandemia retirou o corpo de circulação, o governo retirou, em parte, o parecer e a opinião dos cidadãos; o que a principio teve sua legitimidade aprovada, entre tanto a gestão estatal da pandemia, começou a ter pontos de fuga e desgastar-se; os cidadãos diante da não participação em muitas decisões, s juntaram em alguns lugares para pressionar e criticar o governo.
Retratos da Alma - As autoridades representativas, tem seu poder limitado numa pandemia?
Esteban - Sim, não tem o poder absoluto, cada vez que um governo deve mostrar ou apresentar seu poder, percebe uma grande fragilidade; que a incerteza esta ruindo. A incerteza é tão potente que penetra na estabilidade e o poder deve assumi-la como parte da sua da sua ação; se a incerteza entra no cotidiano do governo, seu poder se torna móvel, instável e com possibilidades de mostrar fragilidades.
A imagem do “eu posso tudo” bate contra a parede quando é necessário dar respostas para um futuro; a representação se sente diminuída na hora de dar respostas a cada minuto. Dar respostas para a sociedade, para a economia e energicamente para a politica. A velocidade da pandemia é muito diferente da velocidade que se propaga a mesma. E os problemas que surgem não podem ser resolvidos de maneira imediata pelas entidades representativas. A representação traz consigo cálculos e tempos que não são da pandemia e nem requer esta área.
Retratos da Alma - As pessoas pedem ordem? Que tipo de ordem pode diminuir a liberdade. De que liberdade estás se referindo?
Esteban - Nesta pandemia se pediu todo tipo de ordem, mas com o passar do tempo vai se debilitando, ordem nas filas para comprar nos supermercados, ordem em instituições para ser atendidos, ordem estatal. Mas o pedido de ordem não perdura por muito tempo, tem momentos como os atuais, que depois de longos confinamentos, exige flexibilização da ordem, a necessidade de se despedir de um amigo ou um familiar falecido, ou a necessidade de trabalho tem flexibilizado o pedido de ordem. No início da pandemia, para o atual, foi necessário uma exigência de liberdade, de autorizar que as pessoas vão aos seus trabalhos, despedir-se de seus entes queridos que partiram deste mundo, e inclusive de recriar os vínculos com seus filhos; a pós modernidade não permite longos confinamentos, nem a suspensão do consumo, nem dos empregos. Pós modernidade e liberalismo conspiram contra o confinamento e a “retirada” do circuito de empregos e consumo. Uma ideia contraria ao Estado também implora por flexibilizações.
A liberdade não é apenas algo especifico, é uma imaginação também; ver-se encerrado, confinado em um território ou a disposição de um governo, mesmo que seja em nome da saúde, sempre renasce uma imaginação de liberdade. Existem experiências de liberdade que ficam no corpo e relutam.
Retratos da alma - "Elas podem limitar espaço para a política, restringir aquela área cinzenta onde as pessoas concordam e negociam"?
Esteban - Quando o confinamento não permite que os espaços públicos sejam utilizados em sua totalidade, estará um grande problema. A representação exige a movimentação do representante e em sociedades mobilizadas, acredita, além disso em um espaço para apresentar as demandas e os protestos, os movimentos sempre lutam para ser reativados ou recriados. As elites políticas tiveram que criar formas de interação com os movimentos para garantir um espaço de diálogo para que a ordem seja reestabelecida. Na Argentina, Peru, Chile, Guatemala, entre outros, foi possível observar como os representantes foram surpreendidos pela política nas ruas. Não tem pandemia que resista esse tipo de jogo e tensão entre o “palácio” e a “praça”. É constitutivo da dinâmica política e representacional.
Retratos da alma - Que figuras sociais essa pandemia propõe? Vale para o Brasil também? Como se dá isso na vizinha Argentina?
Esteban - A pandemia expõe figuras sociais e imaginárias. Não estão apenas os que padecem (os que sofrem), mas também os que se sentem apoiados pelo Estado e pelas normas criadas por ele (os sheriffs sociais). Mas também existem outros que se sentem bem ou aliviados. Minha mãe se sentiu aliviada com a quarentena, foi uma resposta justa para um isolamento cultural que há acompanhava por anos. Em toda crise, existem pessoas paradoxais. Onde vemos todo tipo de caos e sofrimento, vemos pessoas emponderadas, e talvez aliviadas. Inclusive uma pequena porção de pessoas acabaram fazendo coisas que anteriormente jamais fariam; porém existe uma figura pandêmica; os isolados. Que padece na pandemia e que usa todo o tipo que ela propõe. Depois tem umas figuras literárias que poderiam ser recuperadas; os observadores, aqueles que se arrumam sem se tocar, sem trocar fluxo nem salivas. Os anônimos agora aproveitam a roupa do Covid para não serem reconhecidos. Entre tantas tragédias está o social, sua capacidade inesgotável de estabelecer trajetórias e figuras.
Retratos da Alma - A política democrática está afetada neste período... Qual a maior demanda dessa crise gerada com a pandemia, com a alta do dólar, com os preços aumentando, subindo em tudo? E a produção de alimentos?
Esteban - Existem várias demandas, uma está vinculada na vida econômica. A pandemia imaginou um freio das vidas particulares, uma saída das dinâmicas trabalhistas e econômicas que foram afetadas, sobretudo, os setores populares e classes médias. Muitas pessoas deveriam enfrentar-se ou frear-se, nem todos conseguiram estrear uma versão digital de suas vidas trabalhistas. Nem todo o social foi surpreendido pelas estratégias virtuais. A desigualdade existe e entristece; e a democracia diante dela está em sérios problemas. Problema históricos, mas que a pandemia agravou de maneira curta e severa em alguns setores sociais. Porém, agora existem demandas de materiais e simbólicos, com o cuidado por parte do Estado e da proteção. As quais, nem sempre acreditam mecanicamente na política pública, más sim na palavra estatal.
Retratos da Alma - Por que a pandemia é um grande laboratório para nós mesmos?
Esteban - Esta pandemia é um laboratório de nós mesmos. Vamos incorporando rotinas, vamos adicionando novas ações em nosso corpo, o submetemos a outros caminhos para a busca e a realizações de certos desejos. Acomodamos nosso corpo, o vestimos de maneira diferente e nos provocamos a distante dos outros. A imagem de pegar a máscara é uma representação de uma imagem possível. Tem subjetividades que o imaginaram e a colocaram em prática. Vamos terminar sendo uns “ciborgs” sociais. Colocamos tantas coisas em nosso corpo que já não somos os mesmos.
O isolamento é um grande laboratório, para o qual nos submetemos a nós mesmos e isso provoca ansiedade, medo e prazer. Não temos a referência do corpo dos outros, apenas visto em imagens, na memória ou na imaginação. Sabemos que tudo isso não repõe o corpo a corpo ou no cara a cara. Retirar o corpo da cena social é uma ação muito radical.
Retratos da Alma - O sedentarismo, a hiperatividade; uma pandemia corporal como dissestes. Como você pensa que ficaremos depois que tudo isso passar? Ou o Corona Vírus veio para ficar?
Esteban - Enquanto nos isolamos, decidimos angustiar-nos, correr como hamster, ou dedicarmos a não fazer nada, a aumentar nossos quilogramas. Como ficaremos, e como sairemos? Gente com a pandemia “contagiada” sobre nós, com lembranças recentes de tudo o que nos aconteceu. De um corpo que tem memórias de “como conseguir um desejo”, de como rebolar para não cairmos na pobreza; ou para resistirmos para não cair na pobreza, ou para resistir a continuidade. Seremos veteranos de uma pandemia. Merecemos medalhas sociais que ninguém nos dará, mas a levarmos no peito. Acredito que poderemos solicitar pensões de “guerra”. Com certeza!
Retratos da Alma - Como serão as relações entre as pessoas pós pandemia?
Esteban - Entre o anterior e a novidade (pandemia) mexeu nas relações sociais. Acredito que a amizade, o sexo, o trabalho, são indicadores de como colocaremos nossos corpos diante dela. Não acredito na pura novidade nem mesmo digo “aqui não aconteceu nada”. Aconteceu muito, mas as rotinas anteriores seguem organizando nossas vidas, vidas que estão submetidas ao medo social e a incerteza e a nossa insistência incansável de ajustar o corpo a nova rotina. A pós pandemia é um desafio, mas vemos que nós nos acomodamos rápidos. Quando finalizar as restrições, sairemos para mostrar como passamos, mas também o que temos feito com nos mesmos diante da pandemia, e o que os governos nos tem pedido. Esse sacrifício individual não é menor e sempre tem efeitos na vida cotidiana e politica.
Retratos da Alma - "Tudo circula em torno da ordem", mas na desordem brasileira, como tu analisas este aspecto social? Quem segue as ordens com tanta aglomeração social?
Esteban - Em termos gerais fomos muito obedientes. Por nós, por exigências governamentais ou por pessoas de nossas lembranças. A doença e o vírus nos tem disciplinado muito. A ideia de perder a vida em um momento tão único é quase uma tragédia sem igual. Nesta pandemia não existiu nenhuma paixão pela morte. Os estados decidiram fazernos viver a qualquer custo e nos deram a oportunidade de que vivamos como nos interessa. Mas nada de culto na mente para a morte e romantismo, nem heroísmo. Grandes cidades acabaram esvaziando, se sentiram interpeladas a sujeitar-se as normas. Tudo parou. O estado teve seu momento fálico, parar tudo, fazer com que parem todos. Mas essa demonstração não seria todo tempo, mas mostrou sua capacidade e por medo, temor ou incerteza nos entregamos as restrições. Nós não gostamos tanto de correr riscos.
Retratos da Alma - Tem como saber o que está por trás de tanta incerteza, numa época de pandemia em evolução?
Esteban - Podemos imaginar que essa incerteza está vinculada com um mundo incerto no qual ja vivemos e que com a pandemia ganhou forças. Conhecemos a incerteza e o medo,mas não nesta escala que nos propõe a pandemia. A incerteza e a clareza pos moderna já conhecíamos, mas esta que está acontecendo é de outro tom. Uma pandemia que não terminará nem com a vacina, mas com outros ajustes que não terá seu ponto final com apenas um antibiótico.
Retratos da Alma - Qual o maior questionamento no âmbito da Sociologia ou das Ciências Sociais, para o comportamento das pessoas? Uns cuidadosos com suas máscaras de proteção, preservando o isolamento, evitando aglomerações e, no entanto, outros pouco se importando ou que precisam sair no meio do povo para trabalhar e garantir seu sustento?
Esteban - O maior questionamento foi não prever que o isolamento era uma medida radical e que “desmanchar” o social tem um custo inimaginável. Por sua vez, um dos grandes questionamentos é não considerar que as pessoas não apenas vivem de saúde, mas de outras coisas vitais, como estar com outras pessoas. Nem tudo é biologia, ainda bem, também tem algumas coisas muito importantes das ciências sociais para levar em conta. Sabemos que quando no colocam em uma casa ou em um espaço restringido, ali tem problemas: superlotação, violência de gênero, mal estar, sofrimento concentrado, etc. Então uma pandemia não são grandes séries de contágios e mortos. Existem laboratórios pessoais funcionando no interior onde as subjetividades morrem, se transformam e se criam coisas novas.
Retratos da Alma - Por que tu dizes que não só os corpos foram devastados por esta crise, mas a política democrática também?
Esteban - Esta crise foi com tudo vestido, o corpo, a sensibilidade e as emoções. Levou também outras coisas, outros jogos interativos. Nos agarramos pelas redes sociais, ao Whatsapp, ao Zoom, Google Meet, etc. Ali nos projetamos; ao correr o corpo do teatro social entramos com força em todas as redes sociais. Agora o corpo sempre luta por estar, não será facilmente executável. Sempre exige seu lugar e nesse sentido, não exige como corpo biológico, mas sim, como corpo completo, sanguíneo, sensível. Como corpo social que nele entra a dinâmica política e democrática. O corpo não é um voto, como não é só uma biologia. Agora esse corpo perfeito chega para a política de forma arrasada, mudada, com uma subjetividade submetidasa grandes mudanças. Agora essa devastação terá impactos na democracia; o que exigimos? Uma constituição nova, maiores atenção para as necessidades, melhor tratamento para a natureza, vacinas, empregos, Isso requer um saber por parte da democracia. O saber que homens e mulheres circularam pela pandemia e que assumiram um sacrifício pelo qual não o farão eternamente e sobre o qual esses homens e mulheres esperam soluções.
Retratos da Alma - Qual a principal análise dos reflexos da pandemia no campo e na cidade, sob o ponto de vista sociológico? " Onde não há literatura, basta apenas colocar o corpo"...
Esteban - O campo tem uma grande ausência de escritores. Nesse território teve grandes mudanças e transformações que devem ser escritas, narradas. Estas transformações não só se deve a agro exportação e o que nela implica, mas o que tem acontecido com os povos e pequenas cidades de áreas agrícolas. Os vínculos sociais, a maneira de ver as grandes cidades e os processos internos. Porém, essa ausência de narrativas e simbolização da vida social só abre caminho para uma coisa; colocar o corpo de maneira intempestiva, violenta ou outro estilo. Sem palavras aparece o corpo e não só em momentos de pandemia, mas nos últimos anos onde foram organizadas tensões políticas e econômicas. Em momentos de pandemia, esses corpos em identidade própria, necessitando recolocar-se, mas com o saber de quem tem apenas o corpo para colocar e oferecer.
Retratos da Alma - E por fim, uma reflexão minha - É aquela velha história, que se o povo dominasse o conhecimento dos livros, ou herdasse o conhecimento ancestral de muito estudo e pesquisa, tudo poderia ser diferente, não é mesmo Esteban?
Esteban - Simbolizar-se ou narrar-se é muito importante. A palavra e seus sentidos trazem alívios e saberes; com os livros em mãos, não se fazem mudanças nem revoluções, mas nos ajudam a conhecer a complexidade do mundo e dos seres humanos. A palavra abre mundos discursivos e compreensivos necessários para pensar estratégicas políticas, econômicas e culturais. Todos os saberes escritos ou não escritos colaboram com a doação de sentidos. Isso vale para todos os setores sociais. As literaturas, as opiniões, a escrita colabora muito com o mundo em que vivemos e com nossas ações.
Parabéns! Ótima abordagem.
ResponderExcluirMuito grata pelo reconhecimento.
ExcluirMuito proveitoso! 👏👏👏
ExcluirQue bom !
ExcluirBastante informação para refletir sobre esse momento.
ResponderExcluirÓtima pauta ❕
ResponderExcluirEssa pandemia é um acontecimento que serve de estudos em diversas áreas. Se analisar um pouco, é uma questão muito complexa.
ResponderExcluirParabéns pela matéria!