Estiagem poética

 

imagem do Google


Informamos que o Bloguinho encontra-se em recesso.


a poesia não veio

a seca tá grande

vazio na alma

estiagem gigante

vibrante dentro de mim

algo tem que brotar

da imensa secura

que paira no ar...

 

um amigo facebookiano me disse:

que a poesia é ridícula

pois não duvido,

como tal ridícula é a própria existência

hoje só pude lembrar

da minha antiga querência, 

dos meus tempos de outrora...

pensei que tal lembrança, 

me rendesse

tamanho poema

pois fiquei num dilema

que nada saiu

nem uma gota de poesia fluiu

neste vale de secura,

que angústia pura que dá

pra uma poeta manjada

vivida, assim se acabar.

 

Rose Bitencourt

 

(para o CAMINHOS per VERSOS)

 

  

in - capturas noturnas


 

 

 

 

 


Comentários

  1. Só umas férias...a chuva retoma o germinar e tudo floresce outra vez!!
    Bjao, querida.

    ResponderExcluir
  2. A inspiração vai e volta, Rose.
    E até a falta dela serve de inspiração, como neste poema.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois é uma vdd, Paulo. A gente faz poesia até qdo ela está em falta ☺️

      Excluir
  3. Poesia não é linha de produção, fique serena, hora dessas a inspiração goteja, irriga, desperta e brota a beleza do poema

    ResponderExcluir
  4. Mas no final da tarde a benção chegou, a abençoada chuva a terra molhou.
    Beijos Rose.

    ResponderExcluir
  5. tem vezes a alma parece terra seca sem sonhos e pingos de chuva. a alma nem parece a alma. parece um chão partido e repartido por tanta secura. parece alma sem coração, desatenta ao tempo, indiferente aos ventos que sopram e trazem poesia ninguém sabe de onde. tem vezes somos contagiados pela secura da alma, secamos como um açude nordestino nos piores tempos e esquecemos o principal: carregadas de água e sonho, nuvens de poesia andam pelo céu, olhos atentos na terrível secura da alma de tantos.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Retrato pra fechar ciclos

Sim, eu queria ser o “Magaiver”

Socorram-me, subi no ônibus em Marrocos!