Desabafo
Por enquanto ainda consigo expressar o que sinto...
Pessoas assim como eu, que tem a saúde mental já bastante fragilizada, por conta de depressão crônica, entre outras comorbidades mentais, como bipolaridade, está bastante difícil lidar com essa situação de colapso em que tudo parece desmoronar.
Coronavírus trouxe junto com a doença, que cada dia avança mais e atinge mais e mais pessoas, uma avalanche de problemas de ordem emocional, além de econômica.
Temos que lidar com crises de consciência, culpabilidade pelos tropeços e tombos da vida (no meu caso a doença do alcoolismo), e aí ressurgem velhos fantasmas da tua existência, traumas, medos, pânico, fobias, fora os temores sobre o que ainda vem pela frente. É tudo muito, mas muito difícil mesmo.
Relutei muito antes de decidir fazer esse desabafo, pensei até em fazer um vídeo, uma live, mas não me senti a vontade, por que minha aparência está muito desleixada, auto-estima lá em baixo e por isso a gente pouco se cuida nesse sentido. Com muito custo toma banho, com muito esforço sai da cama, aliás...
Eu convivo e moro com meus pais já bem idosos e dou graças por eles serem independentes e de certa forma, sadios. Fisicamente, por assim dizer, por que meu pai também sofre de doença mental, tem esquizofrenia, além de um gênio bem difícil.
A lucidez plena é reservada a minha mãe. Aos 80 anos ela dirige automóvel, e conduz a sua vida com fibra e coragem.
Faz malabarismos para que tenhamos o básico pra viver, sim, por que como professora aposentada, recebendo salário atrasado, defasado já há algum tempo, ainda viveu para o que pensava ser inimaginável – ter seu salário drasticamente reduzido, depois de uma vida contribuindo para ter uma aposentadoria digna.
Pra piorar a situação, eu que estou afastada do trabalho formal e recebo auxílio- doença, assim como a maioria nessa situação, tenho que aguardar liberação do INSS, que está com bastante atraso, devido os entraves da crise de pandemia...
Pensei até em contrariar os laudos psiquiátricos e me lançar à ativa. Afinal, em temos de home - office e observando os colegas Jornalistas atuando, passa pela cabeça da gente a possibilidade remota de integrar esse meio de trabalho virtual de alguma forma. Até se dar conta que até para manter um Blog pessoal é preciso disciplina, assiduidade, regularidade, constância; coisa que a gente, que vive entre altos e baixos, definitivamente não tem equilíbrio pra manter.
Por que tem dias que tu não consegue nem ver, nem responder as mensagens de Whatsaap dos amigos, quanto mais se comunicar em outras redes sociais ou se atualizar sobre as notícias, sobre os fatos que estão acontecendo no País e no mundo. No teu Estado ou até mesmo na tua cidade...
Teus esforços mínimos são para manter algum lampejo de serenidade, pra não ter que ser novamente internada em clínica, em unidade de saúde mental e aí sim ficar completamente alheia a tudo, convivendo com pessoas com os mesmos ou até transtornos bem piores que os teus. Tendo que se sujeitar aos efeitos colaterais de um monte de medicamentos que muitas vezes te deixam dopada, toda atrofiada, com dificuldade de movimentos, que tu não consegue nem tomar banho, nem se vestir sozinha consegue. Não gosto nem de me lembrar do que já passei da última vez que estive internada. Dias terríveis que pareciam intermináveis na vida da gente...
Então pra evitar tudo isso é que a gente luta com todas as forças que nem tem, luta e tenta reagir para que teus familiares não percebam o grau do que tu estás passando, para não causar ainda mais preocupação, mais problemas do que já existem. A gente que tem filho, mesmo adulto e que mora longe de ti, não quer transmitir fraqueza pra ele, que também tem que enfrentar toda essa situação de isolamento, de quarentena, de cuidados que temos que ter até que passemos desse período tão conturbado, não é mesmo? Uma mãe nunca quer trazer preocupação a um filho e sim, quer estar bem o suficiente para poder ampará-lo quando precisa.
São todas essas reflexões que passam pela cabeça da gente num momento tão delicado quanto esse que estamos vivendo. Nós, as pessoas mais sensíveis, os "humanos, demasiado humanos" sofremos bastante.
Mesmo que não tenhamos lido inteiramente a obra do autor de “Assim falou Zaratustra”...
Aliás, eu não sei se ajuda para passar esses tempos, ou se deixa a gente ainda mais pirada, mas vou reler algumas obras que considero necessárias a evolução humana.
No mais é esperar pacientemente que isso tudo acabe. Se sobrevivermos, teremos alguma história pra contar...
Pessoas assim como eu, que tem a saúde mental já bastante fragilizada, por conta de depressão crônica, entre outras comorbidades mentais, como bipolaridade, está bastante difícil lidar com essa situação de colapso em que tudo parece desmoronar.
Coronavírus trouxe junto com a doença, que cada dia avança mais e atinge mais e mais pessoas, uma avalanche de problemas de ordem emocional, além de econômica.
Temos que lidar com crises de consciência, culpabilidade pelos tropeços e tombos da vida (no meu caso a doença do alcoolismo), e aí ressurgem velhos fantasmas da tua existência, traumas, medos, pânico, fobias, fora os temores sobre o que ainda vem pela frente. É tudo muito, mas muito difícil mesmo.
Relutei muito antes de decidir fazer esse desabafo, pensei até em fazer um vídeo, uma live, mas não me senti a vontade, por que minha aparência está muito desleixada, auto-estima lá em baixo e por isso a gente pouco se cuida nesse sentido. Com muito custo toma banho, com muito esforço sai da cama, aliás...
Eu convivo e moro com meus pais já bem idosos e dou graças por eles serem independentes e de certa forma, sadios. Fisicamente, por assim dizer, por que meu pai também sofre de doença mental, tem esquizofrenia, além de um gênio bem difícil.
A lucidez plena é reservada a minha mãe. Aos 80 anos ela dirige automóvel, e conduz a sua vida com fibra e coragem.
Faz malabarismos para que tenhamos o básico pra viver, sim, por que como professora aposentada, recebendo salário atrasado, defasado já há algum tempo, ainda viveu para o que pensava ser inimaginável – ter seu salário drasticamente reduzido, depois de uma vida contribuindo para ter uma aposentadoria digna.
Pra piorar a situação, eu que estou afastada do trabalho formal e recebo auxílio- doença, assim como a maioria nessa situação, tenho que aguardar liberação do INSS, que está com bastante atraso, devido os entraves da crise de pandemia...
Pensei até em contrariar os laudos psiquiátricos e me lançar à ativa. Afinal, em temos de home - office e observando os colegas Jornalistas atuando, passa pela cabeça da gente a possibilidade remota de integrar esse meio de trabalho virtual de alguma forma. Até se dar conta que até para manter um Blog pessoal é preciso disciplina, assiduidade, regularidade, constância; coisa que a gente, que vive entre altos e baixos, definitivamente não tem equilíbrio pra manter.
Por que tem dias que tu não consegue nem ver, nem responder as mensagens de Whatsaap dos amigos, quanto mais se comunicar em outras redes sociais ou se atualizar sobre as notícias, sobre os fatos que estão acontecendo no País e no mundo. No teu Estado ou até mesmo na tua cidade...
Teus esforços mínimos são para manter algum lampejo de serenidade, pra não ter que ser novamente internada em clínica, em unidade de saúde mental e aí sim ficar completamente alheia a tudo, convivendo com pessoas com os mesmos ou até transtornos bem piores que os teus. Tendo que se sujeitar aos efeitos colaterais de um monte de medicamentos que muitas vezes te deixam dopada, toda atrofiada, com dificuldade de movimentos, que tu não consegue nem tomar banho, nem se vestir sozinha consegue. Não gosto nem de me lembrar do que já passei da última vez que estive internada. Dias terríveis que pareciam intermináveis na vida da gente...
Então pra evitar tudo isso é que a gente luta com todas as forças que nem tem, luta e tenta reagir para que teus familiares não percebam o grau do que tu estás passando, para não causar ainda mais preocupação, mais problemas do que já existem. A gente que tem filho, mesmo adulto e que mora longe de ti, não quer transmitir fraqueza pra ele, que também tem que enfrentar toda essa situação de isolamento, de quarentena, de cuidados que temos que ter até que passemos desse período tão conturbado, não é mesmo? Uma mãe nunca quer trazer preocupação a um filho e sim, quer estar bem o suficiente para poder ampará-lo quando precisa.
São todas essas reflexões que passam pela cabeça da gente num momento tão delicado quanto esse que estamos vivendo. Nós, as pessoas mais sensíveis, os "humanos, demasiado humanos" sofremos bastante.
Mesmo que não tenhamos lido inteiramente a obra do autor de “Assim falou Zaratustra”...
Aliás, eu não sei se ajuda para passar esses tempos, ou se deixa a gente ainda mais pirada, mas vou reler algumas obras que considero necessárias a evolução humana.
No mais é esperar pacientemente que isso tudo acabe. Se sobrevivermos, teremos alguma história pra contar...
Claro Luiz te seguirei com prazer...
ResponderExcluirAté queria uma ajuda, como faço para ativar para as pessoas seguirem meu Blog?
Bom dia tudo bem ? Será um prazer tê-la como seguidora no meu Blog.
ResponderExcluirDica de como colocar seguidores. https://ferramentasblog.com/adicionar-o-gadget-de-membros-seguidores-no-blog-blogger-wordpress/
ResponderExcluirÓtimo Luiz eu sempre quis saber como funcionava esse gadget, mas tinha medo de tentar e desconfigurar tudo. Obrigada querido ☺
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