Da série - Não dá mais pra silenciar
Quem me conhece, sabe que eu sou dessas pessoas genuinamente generosas, incapaz de ferir alguém verbalmente ou fisicamente, exceto quando estive fora do meu juízo perfeito; aproveito para pedir desculpas àqueles a quem já agredi, se agredi.
Mas minha essência mesmo, é de um ser humano generoso, compreensivo e solidário, até mesmo ingênuo, por que custo a perceber a maldade nos outros e dos outros.
Também não sei ser irônica, por que detesto que sejam irônicos ou sarcásticos comigo. Seguindo a premissa de - não faça com os outros, aquilo que não quer que façam com você. Tampouco, gosto de pessoas arrogantes, prepotentes, que se acham e se manifestam como se assim fossem seres superiores, acima do bem e do mal.
Já me achei, em tempos remotos, dona das minhas verdades, mas com a cabeça aberta que sempre tive, com muito aprendizado, por que a gente deve estar sempre aprendendo, e com os tombos da vida, aprendi que não há mesmo verdade absoluta, que todos temos nossas verdades, baseadas no que aprendemos com nossas experiências, com as lições da vida, que os anos nos apresentam...
Admiro gente objetiva, direta, gente que raciocina com lógica, que faz auto-crítica, admiro antes de muitas outras características que considero virtudes, gente lúcida. Coisa rara nesses tempos em que quase todo mundo é "meio maluco" , e eu me incluo nesses, embora esteja sempre numa luta constante em busca de lucidez e serenidade. Esta sim é para poucos. É para os iluminados, para os espíritos evoluídos, como se costuma dizer.
Mas o que me inquieta mesmo, me indigna, é gente má, gente ruim, manipuladora, gente que não é capaz de sentir, gente que não apresenta um pingo de sensibilidade por nada que vá além de si mesmo. E gente abrutalhada, tacanha, tosca, grotesca, gente que nem é gente. É antes um misto de criatura selvagem com belzebu, com criatura das trevas...
Me da pena das mães, por que essas criaturas foram geradas, em ventres maternos, dessas mães de seres assim, como sociopatas, psicopatas e outros que nem sei se tem como classificar...
E aí a gente se pergunta, e tenta entender de alguma forma, ou lamentar, como pode alguém que não é nada disso, e veja bem, estou tendo todo o cuidado do mundo pra falar isso e não ferir ninguém, nenhuma das pessoas que gosto, do meu círculo de amizade, de parentes, de afetos enfim; como pode alguém que a gente sabe que são pessoas boas, gente que não faz mal à ninguém, gente que é sensível perante a dor do outro, diante das injustiças do mundo, gente que é do bem, admirar, apoiar, idolatrar (nao me refiro aos obcecados, por que daí é transtorno mental), a ponto de querer e continuar querendo como seu representante, como seu governante de toda uma nação, um ser que não se importa, que não está nem aí pra maioria das gentes dessa nação. Que não da a mínima importância para essa maioria de gente que o colocou nessa posição, nesse lugar de comando que lhe confere autonomia pra decidir sobre o rumo dessas vidas, se terão o que comer, se terão emprego, renda, casa pra morar, se terão saúde pra viver. Se terão o mínimo pra viver com dignidade.
E de tudo isso eu fico a pensar,
sem exaltar ideologia nenhuma,
de direita ou de esquerda, nenhuma posição política;
eu só fico a pensar,
como pode um ser humano, abrir mão da própria liberdade, achar certo tanta desigualdade,
com tantos lá em baixo
e poucos lá em cima,
em nome de uma cega idolatria,
Bela reflexão
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