A vivacidade de Marcella Wolkers

Ela já declara na própria poesia que “não tem um pingo de vontade de fazer poesia”, que sua vontade na realidade é de “matá-la, cortá-la aos bocadinhos, prendê-la só para ela parar de ser chata, cansativa”...

E tudo que a poesia e a pessoa de Marcella Wolkers não é, é chata e cansativa. Pelo contrário, é ativa, articulada, viva, dinâmica e audaciosa. 

Um dos resultados benéficos dessa situação de pandemia, aliada ao universo virtual, pela questão tempo disponível, é conhecer e trocar experiências, no caso, da literatura, das artes em geral, com pessoas que normalmente não se conheceria em outras condições. 

Não poderia ser de outra forma que fiquei conhecendo essa pessoinha querida e extremamente carismática, que é Marcella, ou Mar, como eu já lhe chamo intimamente. 

Em seus trabalhos é também conhecida pelo sobrenome Reis, mas adotou artisticamente o sobrenome do marido, o qual vem sendo destacado no meio literário e consequentemente nas redes sociais. 

Nascida em Goiânia (Goiás) em 1984, ela reside em terras lusitanas desde 1999, mais precisamente na zona de Sintra. E é de Portugal que ela nos brinda com quatro obras literárias editadas. “Era Uma Vez a Poesia…” (Chiado Editora, 2012), “O Dia Em Que Pari Minha Mãe” (Edições Vieira da Silva, 2013), “Lágrima Artificial” (AlmaLusa, 2016) e «Bem-Vindos a Selva da Cellinha» (Edições Vieira da Silva, 2018).

Classificada em 3º Lugar no Concurso Internacional de Contos de Araçatuba, venceu o concurso Peças de Um Minuto com a peça «Beijo de Línguas», obteve Menções Honrosas no Concurso Literário de Goiás e no Concurso Nacional de Poesia da CICDR.

Fez parte dos 4º e 5º Festival Internacional de Poesia «Grito de Mulher» (CEMD –Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora), é membro acadêmico da ALAF (Academia de Letras e Artes de Fortaleza), participou em várias antologias poéticas e obras colectivas de editoras conhecidas.

Coordenou a obra colectiva «Saloios & Caipiras» pela editora Sui Generis e duas colectâneas pela Edições Vieira da Silva: «É Urgente o Amor» e «Dê Coração de Natal».

Em 2017 classificou-se em 1º lugar no concurso de prosa erótica da Silkskin Editora. O prêmio consistiu na publicação da sua primeira novela erótica: «Amantes Lepidópteras».

É Técnica em Acção Educativa Infantil. E parte do seu trabalho pode ser acompanhado pelo blog: http://eraumavezapoesiamarcellareis.blogspot.pt/

Atualmente, Marcella nos conta que está bastante envolvida com seu trabalho diário com as crianças, mas que de vez em quando aparece como convidada, como por exemplo, no projeto "Gavetas Compartilhadas". Também como corpo de voz em poesia, e agora estão lançando poemas seus no canal do You Tube. 

Faces e interfaces

E é o que vamos compartilhar com nossos visitantes e leitores do Retratos da Alma, uma das interpretações da sua própria poesia. Digo isso, por que não é apenas uma poesia falada, e sim muito mais, pela vibração de energia que Marcella emana!

Coquetel de Amor 

Veja também a seguir, o vídeo do poema falado, que é um dos mais conhecidos da autora, e sempre pedem para ela recitar em Portugal. Chama-se Coquetel de Amor - uma mistura poética de bebidas brasileiras com portuguesas, com uma Cuba Libre pra variar.

Veja ainda mais algumas faces de Marcella, esbanjando beleza e criatividade no seu jeito de fazer arte.