Psicografias de Morfeu
Clínica do desejo
Assim, bem louco mesmo...
A menininha pensava que aquelas mulheres, iam para aquele lugar para fazer saliências. Elas ficavam nuas numa grande banheira redonda (ela não sabia o que era ofurô), e umas tocavam uma no corpo das outras. Ela via também mulheres nuas ou semi-nuas por uma frestinha do muro de tábuas de sua casa. Ficava observando e imaginando mil coisas.
Seu nome era Paula, e era como aquelas “bugrinhas”, como se referem pejorativamente às indiazinhas que andam nas ruas pedindo “uma coisinha pra comer” e vendem artesanatos. Sim, aqueles filtros dos sonhos que as mulheres fazem na aldeia, nos acampamentos, enfim, nas rodoviárias da vida. Mas Paulinha era um indiazinha urbana, criada de uma senhora de modos reservados. Ela usava vestidos até as canelas, quase sempre maiores que seu tamanhinho, e era muito bonitinha e tagarela. Andava descalço.
Paulinha enxergava aquele entra e sai de mulheres, umas com corpo esguio, outras mais fortinhas e bem torneadas. E ficava sem entender o que era aquilo.
Antes disso eu estava me escondendo do marido, pois teria que voltar pra casa e estava em apuros. Tinha perdido a hora...
Estava de carona no caminhão de uma cara, o pneu furou e eu fiquei com o corpo todo deitado no banco para me esconder, caso alguém me visse.
Ele me levaria de volta pra minha casa, mas queria algo em troca, e eu lembrava que isso já tinha acontecido em outras épocas de farra solta.
Agora eu não queria. Ele estava meio alto, e dirigia muito mal o caminhão, que fazia curvas na estrada. Mas estava me dando carona, então fiquei na minha, só pensava que ele iria passar na cabana pra eu pegar minhas coisas e zarpar pra casa.
Só que ele desviava caminho e eu estava ficando com medo. De repente minhas suspeitas foram confirmadas, o homem começou a me assediar e queria encostar o caminhão. Eu o repreendi e mandei que seguisse; que parasse de me importunar.
Ele não parava e também não parava o caminhão. Comecei a ficar com medo. Com uma das mãos ele tentava alcançar minhas pernas e eu me encostava cada vez mais pro lado da porta.
Me certifiquei se a mesma estaria bem trancada, por que forçando daquele jeito, temia cair pra fora do caminhão. Pensa numa situação difícil! Um homem bêbado ao volante e tentando tocar suas partes íntimas.
É uma sensação horrível e indefesa. Se deixasse ele avançar, seria um abuso contra meu corpo. Se não deixasse, poderia sofrer um acidente.
Deixei um pouco, mas fiquei com muito nojo daquilo. Notei que naquela luta contra suas investidas, acabou arrebentando os botões da minha blusa e estava com os seios a mostra. Pedi pra ele desacelerar e comecei a bolar um plano. Disse: – Amor vai parando o caminhão ali, pra gente poder ficar mais a vontade? E não é que ele caiu na conversa direitinho.
Quando estava quase estacionando eu disse pra parar mais adiante num boteco de beira da estrada, pra comprar uma cerveja. Ele disse que eu estava lhe enganando que só ia parar num lugar onde não pudéssemos ser vistos. Gelei. O que eu poderia fazer naquela situação? Não fiz nada e deixei que ele parasse.
Tentei fugir do caminhão, mas ele me segurou firme. Eu pensei: – o que esse homem bêbado poderá contra mim? Mas ele podia, era possante, e terrivelmente asqueroso. Por que fui aceitar aquela carona, vocês devem estar se perguntando? Não sei dizer. De repente ele deu meia volta e começamos a andar como que flutuando na estrada. Era minha rua.
Quando estávamos quase lá na cabana, vimos a história da menininha que denunciava que “aquelas tias iam todas para a casa de sem-vergonhice. Rimos muito dela, por que se tratava de uma clínica de embelezamento estético. Acordei e me certifiquei se era mesmo meu marido que dormia ao meu lado...
Eu avisei que era louco. Morfeu às vezes é foda!
Assim, bem louco mesmo...
A menininha pensava que aquelas mulheres, iam para aquele lugar para fazer saliências. Elas ficavam nuas numa grande banheira redonda (ela não sabia o que era ofurô), e umas tocavam uma no corpo das outras. Ela via também mulheres nuas ou semi-nuas por uma frestinha do muro de tábuas de sua casa. Ficava observando e imaginando mil coisas.
Seu nome era Paula, e era como aquelas “bugrinhas”, como se referem pejorativamente às indiazinhas que andam nas ruas pedindo “uma coisinha pra comer” e vendem artesanatos. Sim, aqueles filtros dos sonhos que as mulheres fazem na aldeia, nos acampamentos, enfim, nas rodoviárias da vida. Mas Paulinha era um indiazinha urbana, criada de uma senhora de modos reservados. Ela usava vestidos até as canelas, quase sempre maiores que seu tamanhinho, e era muito bonitinha e tagarela. Andava descalço.
Paulinha enxergava aquele entra e sai de mulheres, umas com corpo esguio, outras mais fortinhas e bem torneadas. E ficava sem entender o que era aquilo.
Antes disso eu estava me escondendo do marido, pois teria que voltar pra casa e estava em apuros. Tinha perdido a hora...
Estava de carona no caminhão de uma cara, o pneu furou e eu fiquei com o corpo todo deitado no banco para me esconder, caso alguém me visse.
Ele me levaria de volta pra minha casa, mas queria algo em troca, e eu lembrava que isso já tinha acontecido em outras épocas de farra solta.
Agora eu não queria. Ele estava meio alto, e dirigia muito mal o caminhão, que fazia curvas na estrada. Mas estava me dando carona, então fiquei na minha, só pensava que ele iria passar na cabana pra eu pegar minhas coisas e zarpar pra casa.
Só que ele desviava caminho e eu estava ficando com medo. De repente minhas suspeitas foram confirmadas, o homem começou a me assediar e queria encostar o caminhão. Eu o repreendi e mandei que seguisse; que parasse de me importunar.
Ele não parava e também não parava o caminhão. Comecei a ficar com medo. Com uma das mãos ele tentava alcançar minhas pernas e eu me encostava cada vez mais pro lado da porta.
Me certifiquei se a mesma estaria bem trancada, por que forçando daquele jeito, temia cair pra fora do caminhão. Pensa numa situação difícil! Um homem bêbado ao volante e tentando tocar suas partes íntimas.
É uma sensação horrível e indefesa. Se deixasse ele avançar, seria um abuso contra meu corpo. Se não deixasse, poderia sofrer um acidente.
Deixei um pouco, mas fiquei com muito nojo daquilo. Notei que naquela luta contra suas investidas, acabou arrebentando os botões da minha blusa e estava com os seios a mostra. Pedi pra ele desacelerar e comecei a bolar um plano. Disse: – Amor vai parando o caminhão ali, pra gente poder ficar mais a vontade? E não é que ele caiu na conversa direitinho.
Quando estava quase estacionando eu disse pra parar mais adiante num boteco de beira da estrada, pra comprar uma cerveja. Ele disse que eu estava lhe enganando que só ia parar num lugar onde não pudéssemos ser vistos. Gelei. O que eu poderia fazer naquela situação? Não fiz nada e deixei que ele parasse.
Tentei fugir do caminhão, mas ele me segurou firme. Eu pensei: – o que esse homem bêbado poderá contra mim? Mas ele podia, era possante, e terrivelmente asqueroso. Por que fui aceitar aquela carona, vocês devem estar se perguntando? Não sei dizer. De repente ele deu meia volta e começamos a andar como que flutuando na estrada. Era minha rua.
Quando estávamos quase lá na cabana, vimos a história da menininha que denunciava que “aquelas tias iam todas para a casa de sem-vergonhice. Rimos muito dela, por que se tratava de uma clínica de embelezamento estético. Acordei e me certifiquei se era mesmo meu marido que dormia ao meu lado...
Eu avisei que era louco. Morfeu às vezes é foda!
Comentários
Postar um comentário