A Gênese



O primeiro Blog a gente nunca esquece

Nem o segundo, nem o terceiro...

Iniciar um blog é o começo de um processo silencioso e solitário. Os primeiros passos, os primeiros textos... Você torce para que haja um mínimo de visualizações possíveis e fica louco de contente se atingir a faixa das 50. Aí você descobre que a maioria das visualizações são tuas mesmo. Não ri.

Ah mas tem comentários. Uhu! Essa é a melhor parte. Até você descobrir que a maioria deles não é assinado. São enigmas ali e você tenta decifrar se é a fala de algum conhecido do Facebook, que já conhece tua linguagem textual. E pra tua felicidade disfarçada, é mesmo, por que o tal amigo confirmou por Whatsapp. Ou no Messenger. Aí tu te lembras que isso deixaria Ariano Suassuna enfurecido, tanta americanês infiltrada. Mas fazer o quê né. Estamos aeee.

O processo criativo propriamente dito, já nasce antes mesmo da concepção desse que eu chamaria de diário de bordo virtual. Sim, por que se for pelas propagandas, o marketing que existe sobre criação de blogs, que são bastante animadoras, tu ficas imaginando que teu Blog vai ser um sucesso absoluto. Até por que, nas plataformas digitais anunciam mundos e fundos pro teu blog bombar, tem até divulgação chamada “Viver de Blog”...SQN. Uma coisa é realidade e outra, mas beeem outra é expectativa. Agora pode rir.

Aterrissando é que tu te apercebes da conjuntura em que te inseres, ou seja, um pobre mortal brazuca querendo sim, viver de blog e vendo num horizonte virtualesco (acho que criei uma palavra pro vocabulário da Língua Portuguesa), teu projeto de vida ir se esvaindo até cair em solo firme.

Mas povo brasileiro é cheio de esperança, e não desiste nunca, então o jeito é você encher o e mail dos teus conhecidos reais (você raramente se encontra com os teus conhecidos) e virtuais e completos desconhecidos. Por que não?

E então te lembras do “velho” Bauman. Reflexos da “Modernidade Líquida”, onde eu diria que tudo se dissolve e se encontra no mesmo objetivo – alimentar nossos próprios vácuos sentimentais. Por que tudo é leve, líquido e fluído. Sim, copiei isso do site. Mas se alguém quiser me ofertar o livro, eu aceito na boa...

E segue o baile... Ou (já que estou no começo posso fazer isso), como diria o hiper mega Jornalista Ricardo Kotcho, no seu “Balaio do Kotcho”; vida que segue.

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