Blog do Pote

O ar que respiro


Nós da espécie humana, ou o "macaco homo", como diria um amigo meu, somos seres que necessitamos ser admirados, vistos, contemplados, seguidos e desejados...

Pura vaidade ou algo mais profundo? Não entro no mérito conceitual, por que acredito que este, deve ser definido por profissional, seja da área da psicologia, da psiquiatria ou talvez carece de um estudo científico mais elaborado. Falo por mim mesma, dadas as idiossincrasias da comunicação verbal e não verbal.

Estou impedida de usar minhas páginas de uma rede social, pelo fato de que não me é mais possível expor na sua Time Line  (o Suassuna se remexendo do além) as minhas ideias, posições ideológicas, políticas, culturais, enfim não posso mais dela fazer uso para me comunicar com outros seres da mesma espécie, desenvolvidos ou não.

Ou seja, sou proibida de me expressar. Sim, sofro um tipo de censura indireta.
Isso por que, não sou capaz de expressar um pensamento que não seja o meu. Eu confesso que tentei, mas não consigo. Descobri que sou um ser demasiado humano e limitado.

Não tenho condição de postar lindos e floridos "bom dia, boa tarde ou boa noite, por que nem meus dias, nem minhas noites são floridas. No máximo que chego é um tom manteiga de cacau tostado. Que não transmite coisa alguma. Tenho sim dias cinzas, opacos e nebulosos. Escuros. Negros como um negro gato.

Eu nunca floresso. Eu apenas murcho. Morro e ressuscito nas sombras. E pior, agora tenho que me calar também. Não sei viver sem me comunicar. Sem escrever ou até desenhar.
Se é vaidade não sei dizer. Mas é como se faltasse el ar que respiro.
Texto de R.Bitencourt 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Retrato pra fechar ciclos

Sim, eu queria ser o “Magaiver”

Socorram-me, subi no ônibus em Marrocos!