Os big bang do fundo da gente


Por que verte

Acontece assim comigo
A qualquer hora do dia ou da noite
Parece que sê não fizer vou morrer
Ou morta já estou e não sei
Acabei comigo jorrei sangue nos poros
E plantei mais do que colhi
Espalhei no ar as plumas
De neve, de sementes e soprei
Vi vibrei já não sei,
Assim eu crio e recebo formas
E formas do verde mar de ser eu
Amo, odeio e sinto,
Dispo e me visto de peles
Arranco e queimo as vestes
Nada mais me serve
O corpo a alma padece,
Apodrece
Tempo, tempo e vento aqui e ali
Vem buscar a gente
Se não algum Ser diferente vem e leva de vez
Carrega pela mão da sina
E nada mais vai pulsar nem ver.
R. Bitencourt 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Retrato pra fechar ciclos

Sim, eu queria ser o “Magaiver”

Socorram-me, subi no ônibus em Marrocos!