Blog do pote

Eu tenho amigos que juram ter fumado maconha da lata

Sempre quis saber da lendária e quase inacreditável história, não fosse real, de tonelas de latas de maconha que foram parar no litoral brasileiro, inclusive, algumas delas, que foram parar numa praia do Rio Grande do Sul. Pois bem, há muitos relatos, matérias, reportagens e até livro contando essa "fábula" dos tempos modernos.

Transcrevi aqui no Bloguinho uma matéria bem interessante, que saiu na Revista Isto É, de 2016.
Nessas minhas andanças da vida eu conheci uma galera "mucho loka" que jurou ter fumado a tal maconha da lata. E eu não duvido disso, dadas à semelhanças  com a real história que  contam sobre isso. E lhes digo, um desses meus amigos, que vive numa cidade da Serra Gaúcha,   continua chapado até hoje. O bagulho era forte.

A Lenda do Verão da Lata

Livro resgata o caso das 22 toneladas de maconha que foram jogadas no litoral brasileiro transformando a temporada de 1987 em uma incrível fábula urbana.

A história de um navio que, ameaçado pela polícia, despeja 22 toneladas de maconha no litoral brasileiro soa como um conto de surfista. No entanto, o que muitos pensam ser uma lenda urbana aconteceu de verdade e os seus incríveis detalhes são resgatados no livro “Verão da Lata” (Barba Negra), do jornalista Wilson Aquino, de ISTOÉ. A carga suspeita chegaria ao Brasil em agosto de 1987 a bordo de um barco de bandeira panamenha vindo da Austrália.

A grande surpresa era como a droga estava acondicionada: em latas de 1,5 kg cada. “O tráfico sempre foi criativo. Para enganar a fiscalização, procurou-se disfarçar a carga camuflando-a da melhor maneira possível”, diz Aquino.

O que os traficantes não contavam é que o Drug Enforcement Administration, órgão americano de combate aos narcóticos, sabia da operação e avisou à polícia brasileira. No encalço dos bandidos, a Marinha disponibilizou a fragata Independência, a mais moderna embarcação marítima de guerra do momento, mas não conseguiu localizar o Solana Star e seus sete tripulantes – cinco americanos, um haitiano e um costarriquenho – nos primeiros cinco dias de busca. É que, sabendo que o esquema havia vazado, eles “abortaram a operação” e jogaram ao mar uma média de 15 mil latas parecidas com as de leite em pó recheadas de maconha prensada.
Atracaram no Porto do Rio, passaram tranquilamente pela alfândega sob a alegação de problemas nos dois motores auxiliares e hospedaram-se em Copacabana com a certeza de que deixaram o porão vazio. Do ponto de vista dos traficantes, o golpe fora um sucesso, exceto pelo detalhe de que, ao invés de afundar, as latas boiaram, e começaram a aparecer uma a uma, primeiro no litoral fluminense, depois no paulista e até chegar à praia do Cassino, no extremo do Rio Grande do Sul.

Dos sete tripulantes, seis escaparam pelo aeroporto do Galeão dois dias depois de chegados ao Rio. Apenas o cozinheiro americano Stephen Skelton ficou preso por um ano até conseguir a extradição. Para tirar o episódio das brumas do mito, Aquino procurou os delegados da Polícia Federal do Rio de Janeiro que participaram da operação há 25 anos. Colheu também depoimentos dos envolvidos e até de quem teve acesso ao que ficou conhecido como “fumo da lata”. “Conversei com surfistas, barqueiros e pescadores do litoral que, na época, não faziam noção de onde vinham as latas". Entre eles o roqueiro Serguei, que ainda hoje está viajando.
Sabemos que Serguei já "viajou" pra outro plano, só não lembro se foi no terrível ano de 2019, onde tudo que há de ruim aconteceu. Com exceção da soltura do ex- presidente Lula.
Texto de R. Bitencourt

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