Poemas Rasgados

Quando eu vôo ir

Rasgo o verbo 
A palavra mansa
Ninguém cansa 
de me falar
Que é pra eu parar 
De ser assim
Tão minha
Tão pra mim

Vou bater
Na porta de alguém 
Pra ver se vem
Me atender
Saio correndo
Menina fuleira 
Sem eira nem beira 
Pra resolver

Nem rima
Nem nada
Só a palavra
Que me agrada
Me faz sentir
No coração 
Se a batida
De gergelim

Ninguém vai ver
Se eu me esconder
No meu roupeiro
Entrar no boeiro
E escapulir
Procurarão 
no esconderijo
Na noite lua
Só vou sumir.

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